Fado da garoa

À musa do meu Fado, mãe gentil,

Do berço de Camões e de Pessoa,

Dedico um verso antigo que ecoa

Nos mares e nos ares de abril.

 

Este meu coração que bate à toa,

A voejar no peito, a mais de mil,

Da terra da garoa do Brasil,

Hoje pousou as asas em Lisboa.

 

Ó musa do meu Fado, me perdoa

Por não guiar o barco pela proa,

Ao navegar nas águas de Cabral.

 

É que eu sou um pária no Parnaso,

Que encontrou Camões, por uma acaso,

Nos versos de um Fado Tropical.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 25/04/2023
Código do texto: T7772879
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.