Doce canto

Caio aos teus pés, logo alí um pequeno poço

Diante dos meus olhos nem a terra nem o café

Mudou teu olhar felino e em ágil gesto

Resgatou meu corpo com teu doce canto

Do céu descem raios e a chuva lava minha alma

Da água que se forma o rio das trepadeiras

Arrasta meu corpo ferido e alquebrado

A noite chega e sinto tua boca violeta

Teu cheiro de café e canela

Embriagam meu ser e de prazer desfaleço

Fica comigo caboclo dos cafezais silvestres

Nas terras onde você se esconde

Onde se planta e se colhe o fruto da vida

O aroma dos cereais e da tua boca que amo.