O espírito do sábio

A Lua desponta. Com ela me levanto,

Outra vez mais sujeito à minha maldição –

Arrastar sem rumo, em eterna punição,

O negro, triste instrumento de meu pranto.

Vede? É meu crânio. Tanto ele pesa… Tanto…

A sede de saber foi minha maldição,

E sem repouso ou trégua minha punição

Foi trazê-lo (negro instrumento de meu pranto!)

Sobre meu pobre pescoço, enfastiado,

Ainda a refletir – cismar – interrogar

Mesmo após ao pó meu corpo ter entregado –

E sigo, alma errabunda a vagar,

Meu eternal descanso no Além negado

Pois nem mesmo morto cesso de PENSAR!

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 08/05/2023
Código do texto: T7782784
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