NO MUNDO DO POETA TUDO PODE
Um cego de nascença encontra um bêbado
Dando voltas sobre uma bicicleta,
E um aleijado a se fazer de atleta,
Pulando na calçada em pleno sábado.
Que vejo aqui? Me sinto encandeado.
Como pode? Se a luz não me afeta?
A tal visão não pode ser concreta.
Talvez um sonho idealizado.
Nunca mais, pode isso, não pode aquilo.
Por que não poder tudo, tranquilo?
Um paraíso sem impedimentos?
Seria um mundo de encantamentos.
Quem sabe, numa outra dimensão ...
Vai longe o poeta em sua ilusão.
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