Em tua margem consigo ver o mar

Bravias as ondas de tua tempestade

e tão perigosa é a tua calmaria

e mesmo assim mil vezes flertaria

só para ser teu escravo. Ó Majestade!

Mil léguas com minha força e vontade

Não me interessa qualquer avaria

Para ti mil tesouros eu traria

Repousar em teu seio. Ó Potestade!

Por entre as curvas deste teu vai e vem

Perco o medo pois já não me convém

ficar na praia, longe do teu olhar

Afogado em teu ser e em mais ninguém

perto de ti nada mais me detém

em tua margem consigo ver o mar