Louvor

Eu colho a rosa branca, o riso e o tento

nas horas revestidas pelo apuro,

e ainda que sobeje a dor, seguro

nas mãos de Deus e a sorte não lamento.

 

Não sobra, ao verso, o ensejo de um lamento,

(em minha pouca fé está seguro),

mas vive no vigor audaz que apuro

na viva inspiração que em ânsias tento.

 

Em todo tempo e espaço, em todo canto,

na estreita fresta, no árduo e justo vão,

à vida que me habita louvo e canto.

 

Venço o amargor dos ais que à frente vão,

cheia de audácia exprimo alegre canto:

não há, em mim, nenhum poema vão!

 

Soneto com rimas homônimas

 

Foto: Arquivo pessoal

 

Geisa Alves
Enviado por Geisa Alves em 30/05/2023
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