De volta a Portugal

Voltei a Portugal, após dez anos,

Pra cochilar no berço de Camões,

E acordar febris recordações

Dos meus antepassados lusitanos.

O Fado ainda chora nas canções...

O vinho ainda chora à luz de vela...

A poesia monta sentinela,

No alto de sombrios casarões...

O Tejo ainda corre para o mar...

O Douro não se cansa de dourar...

E de serpentear pelo caminho.

Pessoa ainda soa a poesia

Que me trouxe de volta o que sentia,

Quando o Fado rendeu-se para o vinho.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 08/06/2023
Reeditado em 08/06/2023
Código do texto: T7808725
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