O condenado

Pelas mãos do carrasco o condenado

Transpunha o cadafalso lentamente;

Na praça, a multidão toda inclemente

Bradava injúrias contra o aprisionado;

No patíbulo já pronto e aparado

Aquele réu – um homem delinquente;

Cheio de crimes contra muita gente

Na morte ia findar seu negro fado!

Chegara o momento. A grossa corda

Nele foi posta. A turba ensandecida

Insultava sem piedade o calhorda;

Mas entre o povo, triste e comovida

Chorava, entre toda aquela horda

Sua mãezinha... que lhe dera a vida!

Allves
Enviado por Allves em 09/06/2023
Código do texto: T7809534
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