Eu e o tambor.

Quando o som do meu tambor, a mata silenciar

Tantas trilhas úmidas, distante, á mim levar

Ausência solidão, em escura e turva visão

O passado tão presente, vai me assustar

Então tal e qual, guerreiro do tempo a tocar

Deixarei as lágrimas, dá história brotar

Revendo turvas silhuetas, de feras se curvar

No ritmo dá cachoeira, o tambor reboar

Unidade dá fragilidade, na vida compartilhar

Pela história que se cria, quase sem, sol na trilha

De pouco vento e, muito silêncio espiritual

Que o tambor se permite ecoar, quase mudo

Uma canção, do tempo das folhas e, das sombras

Onde o sol teima, na mata escura me encontrar.