Soneto da busca transcendente
Não basta contemplar o céu estrelado
E admirar a ordem e a harmonia
Que regem o universo iluminado
E revelam a divina geometria.
Não basta decifrar o enigma sagrado
E conhecer a fonte da poesia
Que anima o espírito encantado
E lhe concede a graça e a alegria.
É preciso transcender o mundo visível
E aspirar ao bem mais inefável
Que se oculta na luz inacessível.
É preciso renunciar ao perecível
E abraçar o amor mais admirável
Que se encontra no seio do impossível.