Vida...
Derrepente uma taça vazia
O vinho que alegrava acabou
Nesse tempo eu nem percebia
Que o tempo responsável levou
Do rosto liso suave
Restaram aperezas e linhas
Cabeleiras como pluma das aves
Ficaram todas branquinhas
Por quê será que nem percebi?
Não me mostrou o espelho?
O tempo passou, eu nem vi!
Abre o acanhado sorriso
Melancòlicamente se arrasta
Ele que fora tão grande; agora, consiso
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Agradeço ao mestre poeta Jacó Filho por sua preciosa interação
ESTRANHO NO ESPELHO
O real virou sonho, de mim, posto fora, Como se este mundo por Deus, dividido, Isolasse-me de si, por não ter percebido, Que a vida negada, suas causas, ignora...
Do amor que não dei, parte fora de uso, Que juro não ser Eu, neste ser solitário...
Com sua visão turva, reduz a calvários, Milagres da vida, que lhe soa confusos...
Desconfia dos outros e até de si mesmo,
E não raras vezes, perde sua identidade... Faltam-lhes motivos pra fazer amizades...
Somos seres distintos, vagando a esmo,
Separados da razão, no fim da validade, Negando-nos à luz que vem nesta idade...
(Reedição)
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Agradeço interação lindíssima do caro Poeta Olavo
"O tempo que o tempo tem
É o tempo que a gente tem
Aproveite o seu tempo bem Enquanto o seu tempo vem."
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Muito agradecida à poetisa amiga Norma Aparecida Silveira Moraes pele beleza de sua interação a quam muito me honra.
A vida rápida vai passando
Muitas vezes sem perceber O tempo vai sempre levando
Nossos dias, o nosso viver
Mas o que vale é somar
Buscar um pouco de alegria Que só a paz pode ajudar
Ter com a vida a sintonia
É grande o sofrimento
Mas é preciso ele enfrentar Para novos dias superar
Na natureza há alento
Que tudo pode curar
E um pouco de amor encontrar