Açoites do vento

AÇOITES DO VENTO

Ysolda Cabral

De repente me vi açoitada pelo Vento,

ou pelos Ventos vindos sem direção.

Banhada de Chuva agradeci o alento,

segui caminho transbordando emoção.

De tanta saudade quase arrebento,

da menina-moça em formação,

a correr alegre sem ressentimento,

e sem temer quaisquer transformação.

Hoje, com os cabelos todos brancos,

de uma maturidade apenas aparente,

vivendo aos trancos e barrancos...

ainda sonho de maneira irreverente,

suplicando a todos os Santos;

para nunca da Vida ser descrente.

AÇOITES DO VENTO

Angelica Gouvea

As vezes estes ventos

nos trazem grandes emoÇões.

Onde com estes pensamentos

Intensificam as composições

Tudo porque nos versos

Está se descrevendo transformações

Sai a menina-moça, novo universo

De cabelos brancos em novas direções

Os sonhos são outras realidades

Vem cheios de esperanças

E na maturidade a confiança

Nos trancos e barrancos, oportunidades

Traz para vida um alento

Onde sente-se viva a todo momento.