Desnudo...

Da minha janela, vislumbro, observo:

Na límpida infinitude, uma moldura

Esbelto, desnudo, a resistente bravura!

Charmoso... a sua imagem eu preservo.

 

Sensações que se atribuem ao tempo...

Nas mudanças das estações, ali fora.

Vem em mim a curiosidade que aflora!

Modificações visíveis aos movimentos.

 

Acolhe as avoantes até nos dias escuros

Num frescor silencioso, nenhum alarde

Elegantemente tênue com sua valentia.

 

Alimenta seres com os caquis maduros

Enormes, suculentos, no final da tarde

Hoje, desnudo, descansa com alegria!

 

 

 

Texto e imagem: Miriam Carmignan

Soneto