Semeadura

(Sonetos 001)

Na espera da colheita do amanhã

minh’alma precavem e se prepara,

amo a vida e a trato feito irmã

com ela divido minha seara.

 

Com esmero e amor semeio meu quintal

e aos meus jardins dou sempre vida nova,

bem longe mantendo-me do mal

todo o dia minha vida se renova.

 

Não me apego a passados infelizes,

e ao futuro insondável, meu respeito.

No hoje é que concentro minha atenção.

 

Equilibro a razão com a emoção

pois só se leva da vida o bem feito

no esquivar-se perene dos deslizes.

 

Efepê Efe Oliveira

Conceição do Mato Dentro (MG)

 

Imagem: Arquivo Pessoal do Autor