O Canto do Abismo

Ó cruel destino, que a mim desafia,

Cada dia que passo, a chama se apaga,

A vontade de viver, tão débil, vazia,

Sem saída senão a morte que traga.

Ah, tempo implacável, que tudo consome,

De minh'alma arranca a doce esperança,

Em teu fluir constante, só me consome,

E a cada aurora, a vida mais se cansa.

Anceio por éons perdidos no tempo,

Por termos antigos, sábios e profundos,

Que tragam alento ao meu ser enfadado.

Mas se a morte me chama, em seu lamento,

Que seja acolhida em teus braços profundos,

Para além do além, onde sou libertado.

(NOTA: Este soneto foi escrito com uma linguagem arcaica e termos antigos para criar um efeito de nostalgia e tristeza.