Lembrança!!!
Do passado árdua lembrança permanece,
Remoendo-se num tortuoso cisca, cisca,
Mente insolente faz presente, velha vista,
Do grão de areia que onda do mar tece,
E se assim fosse-me o amor negado a ti,
Balbuciaria, sibilos a rosa do tempo,
Sem menor pudor ou arrependimento,
Dos gracejos, que de frívolos olhos a vi,
Peço-te tempo, agradeço-te, pela medra,
Tu fostes o realengo do meu amar,
E mesmo que não mais me conceda,
O efêmero e lúdico teu, para min versar,
Pois silente amor, fez-te doce arqueja,
E até tu, hoje com destreza sabe amar,