O nascimentos da poesia concreta II

O nascimento da poesia concreta II

Sem compasso traçou no firmamento o arco-íris,

Em cada continente pôs o Seu brasão,

Na savana a leoa manda no leão,

Contornando a pupila, desenhou a íris.

Desconhece os pretensos poderes de Osíris,

Na aurora boreal pôs cores e clarão,

Sabedoria, riquezas deu a Salomão,

Fazendo valer Sua condição de sui-juris.

Faz girar os planetas numa rota elíptica,

Meteoros cruzando-se em linha crítica,

Tudo sincronizado como o bom Deus quer.

Aqui não Terra, o homem se fez soberano,

Manda em tudo, contudo isso é um ledo engano,

Tal como a leoa, manda nele sua mulher.