7795-Verso de GUILHERME em meu Soneto 7.795 {Obra: Nós, Soneto XXXII. Guilherme de Almeida.1917.} Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil

7795-Verso de GUILHERME em meu Soneto 7.795

{Obra: Nós, Soneto XXXII. Guilherme de Almeida.1917.}

-

Soneto clássico-sáfico-heroico nº 7795

Noneto-Poético-Teatral Nº 377

Rimas: ABAB, ABAB, CDC, EDE.

Sons fortes: 4ª, 6ª, 8ª 10ª sílabas.

Mensagem do poema no 14º verso.

Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil.

-

Caro Guilherme, está chovendo, agora; [A]

gelo desmancha e faz chorar vidraça; [B]

quanta lembrança, em minha infância mora [A]

dançar na chuva, até trazia graça. [A]

-

Nas enxurradas, punha amor de outrora, [A]

em cada barco, o beijo lá da praça, [B]

que eu desenhava, ia sem demora. [A]

Cada bilhete, triste dor enlaça. [B]

-

Foram-se os sonhos! Hoje eu me debruço; [C]

papéis molhados? Vim lembrar daqueles...[D]

Envelheci, mas vou deter soluço. [C]

-

Sem medo, ouvir trovões, saudade alcança; [E]

-{Que meus barquinhos, lá se foram eles}. [D]

Tempo vivido, vale ter lembrança. [E].

-

Belo Horizonte, MG, 7 de agosto de 2023.

https://www.recantodasletras.com.br/sonetos/7855168

Silvia Araujo Motta
Enviado por Silvia Araujo Motta em 07/08/2023
Reeditado em 18/08/2023
Código do texto: T7855168
Classificação de conteúdo: seguro