ARSENAIS

A queda nunca deve ser motivo

capaz de reprimir o sonho e o passo

que o prélio tende a ser em dor escasso,

embora tantas vezes cansativo.

Se o medo aflige o peito em descompasso,

na fé podemos ter o lenitivo

que nos acolhe e forma o curativo

ferrenho contra o assédio do fracasso.

O tempo, intolerante, não escuta

a súplica do olhar de quem cogita

abandonar potentes arsenais.

As cicatrizes vão, no fim da luta,

dizer que toda história bem escrita

repele o assolamento de ideais...