A VIL TRISTEZA MINHA

Quando na efervescência sem alarde,

num ímpar arrebol, um belo ocaso;

o relógio da natureza sem atraso,

vem colocar um fim na bela tarde...

As tintas da natura logo encarde,

tornando-a escura, sem nenhum descaso,

colocando um final em todo caso

e o sol em nossa tez não mais arde.

Quando essa natureza se despede,

a lua, no céu, para reinar, pede...

O sol cede sua vaga a esta rainha!

Até quando por trás dos belos montes,

ele ressurge lindo no horizonte,

afugentando a vil tristeza minha!

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 23/08/2023
Reeditado em 23/08/2023
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