A VIL TRISTEZA MINHA
Quando na efervescência sem alarde,
num ímpar arrebol, um belo ocaso;
o relógio da natureza sem atraso,
vem colocar um fim na bela tarde...
As tintas da natura logo encarde,
tornando-a escura, sem nenhum descaso,
colocando um final em todo caso
e o sol em nossa tez não mais arde.
Quando essa natureza se despede,
a lua, no céu, para reinar, pede...
O sol cede sua vaga a esta rainha!
Até quando por trás dos belos montes,
ele ressurge lindo no horizonte,
afugentando a vil tristeza minha!