TU
És um poema estilhaçado na memória
Teu rosto conhece-se na esquina
Onde viveste metade da tua história
Onde gastaste tua graça de menina
Assim é teu poema sem glória
Cumprindo o traçado da tua sina
Enredo de uma vida sem vitória
Que mata a tua graça feminina
Nada pode ser mudado amiga
Nesta história triste e tão antiga
Apagando o riso do rosto dessa gente
E o poema estilhaçando agora a realidade
Lapida a sina das esquinas da cidade
Deixando o medo cravado na nossa mente.