Oásis

 

Teu corpo que me aviva e desafia
A mergulhar em íntimos anseios,
Potrancas que cavalgam sem arreios
Libertas de mim mesma e à revelia.

 

Intransitável, fonte de agonia,
Também de meus delírios, devaneios
Sem pejos, de volúpias sempre cheios,
Que teu desdém sufoca, silencia.

 

Um templo indevassável, com templários
Em cada canto, com cuidados vários,
A me manter distante, embora perto.

 

Quisera, sim, romper vitrais e mantos
da catedral de teus pudores tantos
e ser o teu oásis no deserto. 

 

Edir Pina de Barros

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 26/08/2023
Código do texto: T7870938
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.