NO MESMO SONETO

NO MESMO SONETO

Eu sou este outro que existe...

No mesmo soneto imparcial

Que revela-me metade triste

Tal entoada canção outonal...

Explicito o que em mim resiste...

Acentuando o meu diferencial

Às vezes escuro ou luz emite

De plenamente ser passional...

Solitário, poeta, em anonimato...

Nunca farsante e nem caricato

Que na beira-mar leva a vida...

Inconformista e de fino trato...

No qual, pinto eu, meu retrato

Com toda a precisão exigida...

(NO MESMO SONETO - Edilon Moreira, Março/2023)