AGRURA
A protetora mão que te afagava o rosto,
Passeava em teu corpo com mimo e acalanto
Hoje serve somente pra secar meu pranto
E orar a Deus que cure esse infernal desgosto.
Hoje sou "tanto faz" para o teu Ser que um dia
Eu "tanto fiz" e fui muito feliz pensando
Que aquele amor sagrado seguiria andando
Nas laudas da felicidade e da harmonia.
Mas tudo nessa vida tem começo e fim...
Se não estou em ti, nem tu estás em mim
Devo esquecer-te e sepultar a minha dor
Deixando em tua derme o derradeiro abraço
Emoldurado pelo pranto e o cansaço
Que dão espinho à alma que te oferta flor.