Sonatina

É mau que eu viva areado, e sem prumo

Posto numa solidão daquele que não crê

Que já está acostumado, ao léu, à mercê

Prosando lembranças, poesia sem rumo

Mas, lá no fundo, a esperança, presumo

Tenha a compaixão deste pobre crupiê

Do amor, sem sorte, e cheio de porque

Pois, a boa sonatina a paixão é insumo

E, se insistir com a poética nesta saga

Deixando a poesia com a emoção vaga

Não serão somente versos de soledade

Será também a alma cheia de lamento

Porque no vazio há sempre sofrimento

E a dor o verso imerso numa saudade!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

29 agosto, 2023, 15’56” – Araguari, MG

No Canal do YouTube:

https://youtu.be/xML-25RjxSE

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 30/08/2023
Código do texto: T7873629
Classificação de conteúdo: seguro