A forja e a bigorna

Do Homem que sou, a forja não se apagou

Temperado como aço, na bigorna formou

Um ser, que atreve compreender, o magma

Que a vida desconhecida, sem eu saber, usou

Das desventura que me atrevi sorrir, aprendi

Que de tão desumana á terra, não me feri

E que dá lama percebi, mesmo cansada alma

Encontra motivos felizes para ainda sorrir

Saber a temperatura dá alma, em paixão

Não que tenha me tornado fanfarão

Más por entender que, do material que me julgam

Não suportarem a marreta, que moldura, minha

Alegria livre de conceitos, dá lama tua de vida

Que de aparência nobre, esconde frágil nudes