SOBRE UMA FOTO
Compenetrado, com os olhos baixos
a fitar esses versos tão perversos,
que chega a ser, do amor, o meu reverso
digitado na tela em que o encaixo.
Serão sobre teus belos, negros cachos
esses perversos malescritos versos?
Ou serão sobre meu sombrio universo?,
que, à solitude do meu quarto, me acho
solitário, (inspirado?), pensativo!,
nessa busca incessante, bem criativo,
preparo a ela?, quem sabe, acre soneto.
Esta foto, no instante dessa escrita,
denuncia a tua forma bem descrita
nos dois quartetos como nos tercetos.