À Alegria
Um tempero para dar gosto à alegria,
Sem desespero que ela, não tarda, já vem.
Então chega tão bela quanto antes dizia;
É o Éden, o Inferno, um prazer do Além.
Eu busco em seu cheiro, quais mistérios contém.
E seu incenso, se torcendo de agonia,
Mil outros enigmas esconde também
Igual a uma esfinge que nos desafia.
"Decifra-me! Ou te mato!" ela me diz,
Porém seus pensamentos prenhes de loucura
Vertem vinho como um sangrar de mil rubis
Este sangue tem um feitiço sacro-santo
Como daquelas garrafas cuja água pura
Jorrou, derramou e terminou sem espanto