Grito Silencioso
Ninguém ouve meu grito na sala vazia,
Apenas os quadros com seus anjinhos barrocos
E os santos cheios de aranhas em seus ocós.
A televisão é o único foco de luz da alma sombria.
Os fantasmas já não fogem com o raiar do dia
E aquele grito não expressado vira sufoco,
O brado cuneiforme ecoado me torna rouco,
Viajando solitário no feudalismo escambo a fantasia.
A insônia toda noite me faz uma inquisição,
O teocentrismo na idade das trevas é minha solidão.
As cidadãs-estados na pólis falando grego.
Papiros romanos, homem livre não tem segredo. Ragnarok, humanos e deuses num ato final. Ubuntu e positivismo, egoísmo atemporal.