DOCE ROTINA

DOCE ROTINA

(Soneto à maneira de Henriques Britto)

Desviver nunca mais quero esta rotina

Que é doce amar, e seu querer me fascina

Mal sai o sol, clareando, ela se vai

E habitar vem no peito uma saudade

E até que chegue a noite, não se esvai

E junto o desejo de afagar, sentir,

Seu corpo, seu cheiro, e nesse instante

Pelas narinas, seu perfume inebriante

Faz-se em mim da longa vida o elixir

Olhos fechados, uma impressão invade

Meu corpo e mente, o peito, a paixão, e sai

E volta e vem e explicita uma verdade:

– Amor, como é gostoso estar contigo

Nossos chamegos, meu ninho e teu abrigo!

Lucas Carneiro

15set.2023

16h35