Lamento Solitário

Sozinho eu vivia, sem ninguém ao meu lado,

Sem prantos de amargura, sem dor a me afligir,

Mas um dia, no meu caminho, alguém foi encontrado,

E logo entreguei a ela meu coração a sorrir.

Porém, o amor que floresceu em meu ser,

Transformou-se em sofrimento, em dor sem fim,

Amar demais, meu coração não soube conter,

E agora, em melancolia, me encontro assim.

Oh, como é amargo o aroma do desencanto,

O peso da solidão que me consome a alma,

Neste mundo da paixão, tão frio e cinzento.

Mas ainda assim, ergo minha pena e canto,

Expressando em versos a tristeza que me acalma,

Neste soneto, expresso meu lamento, no entanto.