Pálida, formosa, serena e pura...

Pálida, formosa, serena e pura,

Revestindo de alvor os campos flóreos,

Lembra vida ao negror da sepultura,

És um anjo de olhares merencórios.

Recamada de alvíssimas canduras,

Vais banhando serenos e notórios

Os semblantes das pétreas esculturas,

Dos anjos pelos túmulos marmóreos.

Manhã que vejo na erma solitude,

Doirada partires na pulcritude,

Deixando para mim os teus cantares...

Quem sabes o teu brilho matutino,

Seguirás comigo em meu destino,

Clareando os meus últimos sonhares.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 29/12/2023
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