Soneto da reconstrução

Há um reboliço dentro de mim

Fico reclusa desse jeito assim:

Em calabouço frio do meu eu

Parece um pesadelo sem fim

E é só quando desperto enfim

Intrépida, liberto-me desse breu

Tento recobrar a consciência

Fazendo todos os reparos

Contabilizando todos estragos

Resultantes de vil indolência

E em constante ressurgência

Recolho todos os meus cacos

Preencho todos os espaços

Exercito a minha indulgência

Fênix Arte
Enviado por Fênix Arte em 01/01/2024
Reeditado em 02/01/2024
Código do texto: T7966771
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