QUAL ÁGUA DE POÇO

               Mauro Pereira

Sem mais nem porquê; mais! talvez por magia!

Juntamos os trapos e demos partida,

Na marcha pujante e por vezes sofrida,

Em que, se um caía o outro o erguia.

 

Se ao fundo do fosso do poço, um descia,

Por força incontida dos baques da vida,

A luta de ambos, achava a saida

E de novo, abraçados, o rumo seguia.

 

No cai e levanta de nossa jornada, 

Tu foste a corda que sempre acudia.

E eu a caçamba que sempre caia.

 

Agora que habitas a eterna morada,

Se caio, nem notam!  Sequer alguém viu!

Perdi meu amparo!  Minha corda partiu!

                    Uberaba- 01/01/2024

                  À minha corda (IRÁ)

MAURO PEREIRA
Enviado por MAURO PEREIRA em 04/01/2024
Reeditado em 10/03/2024
Código do texto: T7968503
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