O arcádio

Gil Vicente, oh ditoso gênio criativo,

Que serei, se as flexões e derivações,

E ortoépia, tua valoração conotativa,

Com sufixos comuns, jocosas flexões

São os meios com que muitos trilham,

Esquecendo-se do princípio e do fim,

Os efluentes versos que só rimam?

A arte jaz como causa sui sem-fim.

Adornando um vaso quebrado e vazio,

Afim de terem um absoluto a segurar,

A arte conspícua torna-se bravio, bacio.

Tais incultos, privam-nos do paládio,

E o terreno baldio que estão a edificar,

Não nos conduz à virtude, sequer gládio.

Theo De Vries
Enviado por Theo De Vries em 04/01/2024
Código do texto: T7968764
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