Soneto de impróprias sanhas

Meu coração, ensimesmado, faz segredo

Do que anda corroendo suas entranhas…

Há quem pense que são coisas bem estranhas

Mas é ele quem desvenda o próprio enredo.

E, se por isso, agora se impõe novo degredo,

Cerra a porta para conter impróprias sanhas,

Há quem julgue que está fazendo “manhas”,

Mas só ele sabe o que lhe causa medo…

Que o sofrimento que emudece o meu aedo

Não o encarcere eternamente no lajedo

Que sustém a depressão entre as montanhas

Nem o impeça de acordar-me sempre cedo,

Ao som da cítara que me toca, seu brinquedo,

E instigar-me a perseguir tudo que sonhas…

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 06/01/2024
Reeditado em 06/01/2024
Código do texto: T7970289
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