SONETO DE UM FINO CRESCENTE VESPERTINO

 

Em um fino crescente vespertino
Com a Lua em Gêmeos eu nasci.
A uma da manhã berrei, menino,
Já no primeiro vagido eu sofri

A angústia dos poetas: ser divino
Sendo humano e dúbio então cresci
Meio lunático,  e louco, e messalino,
E uma estrada torta percorri

Oferecendo a todos o meu canto
Que no lado oculto andei colhendo
Da lua, minha amiga e companheira;

E espalhei, por aí, por algum canto,
Desse tão vasto mundo onde vivendo
Vou de forma simples e verdadeira!

 

Melgaço, Pará, Brasil, 21 de maio de 2011.

Composto por Léo Frederico de Las Vegas.

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