Manhã de folhas mortas em cortejo...

Manhã de folhas mortas em cortejo,

De névoas frias e de mansidão,

Vendo irem as aves com seu arpejo,

Voando livres pela imensidão:

Do silêncio no caminho que adejo,

Entoando liras de solidão...

Das almas remotas que já não vejo,

E sombras que floresciam pelo chão.

Ó brumas que vão andando nos ares,

Como vós que seguem com seus mistérios

Também vou indo com os meus pesares...

No caminho que de alvores se veste,

Seguindo-nos vão os astros etéreos

Que enfeitam essa abóbada celeste.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 23/01/2024
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