...SEM AMAR?

Pela rua, caminhando devagar,

O enterro de quem agora jazia;

Dissera-me uma pessoa que o seguia:

- Morreu bem rápido; assim, sem penar.

Eu fiquei foi intrigado àquele dia:

O que seria isso: "morrer sem penar"?

Será que não era morrer sem amar...

Pensei. Entretanto, como podia?

E, parado com o sol causticante,

A dúvida persistia, intrigante;

Não sabia como melhor atinar.

Devia ser castigo; não redenção.

Era isso, castigo, a explicação.

Ninguém merecia morrer sem amar.

Misael Nobrega
Enviado por Misael Nobrega em 28/01/2024
Reeditado em 31/03/2024
Código do texto: T7986652
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