A LUTA P'RA MORTE ELA PERDEU
Naquele dia, fui à igreja bem cedinho;
Não queria de ninguém ouvir conselhos.
Rogava a Deus, à luz dos evangelhos,
Para que Ele orientasse o meu caminho.
Quantas vezes, em seu leito, de joelhos,
Eu não disse para ela bem baixinho:
Meu amor, não me deixe aqui sozinho;
Não queria vê-la nesses aparelhos.
De que valem as juras que trocamos?
Nem vivemos aquilo que sonhamos;
Neste mundo somos só você e eu.
E, pareceu-me, que ela melhorava...
Mas, quando de esperança eu precisava,
A luta para a morte ela perdeu.