A JANELA

No envelhecido pano da cortina

Um feixe luminoso resplandece

Pela fresta entreaberta ele aparece...

Bem em cima de mim se descortina.

Que paisagem é essa que se oferece

Pela minha fatigada retina?

Será outra distração que me alucina

Ou a resposta Divina a minha prece?

Já fazia três noites qu'eu não dormia,

Rezando para que a virgem Maria,

Me desse outra vida; não mais aquela.

E foi assim que retirando do meu olho

A trave que atravancava o ferrolho,

Ela me fez abrir esta janela.

Misael Nobrega
Enviado por Misael Nobrega em 03/02/2024
Reeditado em 30/03/2024
Código do texto: T7991161
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.