Soneto Sonhado

Sondei o soluço num sonho selado.

Sorvia em silêncio a solar sinfonia,

Sofria sentindo o saber que surgia,

Sentado na sombra do sério senado.

Sabendo sumir no silvado sangrado,

Secava a sonata sincera e sadia.

Sem ser sorrateiro, um saara seguia,

Soprava o sussurro: Sorria, soldado!

Supondo suster a semente sovada,

Saltei do sidéreo, surfei no sertão,

Saí da sequência soturna e sagrada,

Salvei a saudade que os sós saberão.

Sobraram sofismas sem sal na salada,

Sujando as sentenças do sábio Sultão.