Olho da minha janela
Olho da minha janela com grande pesar
A pobre mangueira que jaz sem vida
Folhas amareladas vão se desgarrando
Em vã teimosia ao chão vão se debatendo
Cada rajada forte de vento
Implacável, aos montes ele vai carregando.
Tristes folhas antes viçosas
Agora desmaiadas, se apagam no pó
Manga rosa de gosto alegre
Encantava quem dela provasse
Ofertava com riso garboso
O matizado tapete de folhas mortas
Que se formou sem qualquer recado
Um pouco de vida de nós foi tirado.