Rasgo a razão

Rasgo a razão, a espera é longa

Tão longa que o tempo desfaz como fumaça

Rasgo o sentido, já não ouso ponderar

A mente repousa, de repente, impura,

Em confusa consciência, um vazio

Rasgo o prazer,

Já não há proximidade

Senão o olhar de confronto

Não ouço clamor dos inconformados

Pela infinita e sofrida espera

De dentro muitos olhares discretos

Escondidos detrás da fresta

Invisíveis como o perfume bom

Nenhuma ação, e um imensurável castigo