SONETO A DUAS MULHERES

 

Quando no céu a lua de Vinícius
Aparecer ao meu lado a Bem-Amada
Há de estar para, juntos, sem suplícios,
Amarmo-nos na jovem madrugada!

 

Do amor a altas horas os exercícios
Faremos que a solidão em retirada
Há de bater e não deixar indícios…
E a noite vamos gozar enluarada!

 

Ó vem, pois, inundar a minha vida,
Meiga mulher, e traze-me teus beijos
Que já meus lábios ardem com fulgor

 

Para beijar-te, inteira, ó Margarida:
Teus olhos estrábicos, teus desejos...
Lua... Mulher... Deusa branca do amor!

 

Muaná, Pará, Brasil, 26 de maio de 2010.

Composto por Léo Frederico de Las Vegas
◄ Soneto Anterior Próximo Soneto ►