DELÍRIO DE UM POETA #MR#

No delírio de ser, renuncio à norma

Em rebeldia, me ergo, vagabundo

Descontente com a prisão que me reforma

Em busca de liberdade, sem ser oriundo

Dos desajustes me fiz parte

Marginalizado, assumo minha sina

Em formas de vida que me reparte

Dos valores convencionais, declino e desafina

A improdutividade me é doce companheira

Sonho com outros tempos, outras eras

Pessimismo em relação ao futuro, cabreira

Mas na renúncia às expectativas, feras

Deliro, corro riscos, a aventura me maneira

Soberano, sou a ausência que me espera.