EU SABIA QUE TU VINHAS...

 

Eu já adivinhava a tua presença

Na cadência dos versos corroídos

Puídos pelo tempo qual doença

Na inflorescência dos amores idos!

 

Eu já adivinhava os teus gemidos

Saídos de tua alma sem detença

Na tumescência dos seios transidos

Oferecidos a mim por recompensa!

 

Por isso, eu vim, sem mais tardança,

Com pujança oferecer-te o meu cantar

Pra te enlear e ser o dono de teu ser.

 

Para viver essa bem-aventurança

Na esperança de que possa te amar

Sob o luar até o dia amanhecer!

 

Portel, Pará, Brasil, 7 de janeiro de 2011.
Composto por Pedro Paulo Barreto de Lima
◄ Soneto Anterior Próximo Soneto ►