"A rosa de Hiperides".

A rosa se deita ao lúbrico ninho,

Diante de várias lucernas e lumes,

E ainda que não perca os perfumes,

Perde, entrementes, o espinhos.

Rosa desnuda à espátula de Apeles,

Que se molda à essência de tintas amenas,

Liberta das ondas a Vênus anadiomena,

Diana do sexo tão nobre e tão reles.

Ao centro do quarto o leito de marfim esculpido,

Aos quatro cantos o brilho do verniz polido,

Recobre cortinas de púrpura bordadas à ouro.

Ao amor de Frinéia há [5] ou [6] eternidades de delícia,

Hipérides esvazia a taça de veneno vindo da Galícia,

Um falso veneno de um falso vindouro.

YOSEPH YOMSHYSHY
Enviado por YOSEPH YOMSHYSHY em 03/01/2008
Código do texto: T801181
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