Soneto de Áida

Serei vencedor; quando vencer o ser derrotado.

Serei amado: quando abnegado for o coração.

Serei livre; quando tal liberdade dela for órfão.

Serei poeta: quando uma poesia fizer sentido.

Deixa a felicidade falar: ela quer ser vitoriosa.

Deixa a tristeza chorar: ela tanto quer ser útil.

Deixa o sonho ir embora: ele busca uma moça.

Deixa a vida dançar: ela baila o sonido mais vil.

Cantarei que o amor é belo; mas todo poeta ai!

Cantarei que a alegria é tola: mas o amor ai, ai,

Cantarei que viver é senil: mas chorar ai, ai, ai.

És a vereda da juventude: curte a vida adoidado

És a vitória nua e crua: pula no abismo e sonha,

És amante do perfume bom: transa eternal, ai...

Por que me tomas ser o campeão do teu ego?!

Se verdes são os olhos da deusa sorte: Áida...?

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 04/03/2024
Código do texto: T8012191
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