COTIDIANO #MR#

No cotidiano ecoa o brega a vibrar,

Enquanto a bela dama em pensamento vagueia,

Meu desejo palpita, quase a delirar,

Carros passam, grávidas geram a vida permeia.

Choros se entrelaçam a sorrisos na cidade,

Menino que chega, alguém que se vai,

Comércio floresce, fome desafia a sociedade,

Esmolas recolhidas em sacolas esvai.

Polícia e bandido em eterna luta se embatem,

Amor que fenece, vida que foge veloz,

Assim o mundo gira, em círculos que se abatem.

Cada instante um novo capítulo se descortina,

No bailar incessante do tempo e da sina algoz,

É o milagre da existência, nua e crua se destina.